Reserva Ecológica em Gravatá Será Campo de Estudos Para Alunos da UFPE


A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai desenvolver, a partir do próximo semestre, atividades de ensino, pesquisa e extensão na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de Karawa tã. Situada na cidade de Gravatá, localizada a 80 km do Recife, a reserva possui cem hectares de floresta de transição entre a mata atlântica e a caatinga.


A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro e tem sofrido rápido processo de degeneração. A iniciativa da Universidade e do Instituto Monitore, responsável pela gestão da área preservada, objetiva estudar e a conservar essa vegetação que já perdeu quase metade de sua cobertura original. “A integração da UFPE à reserva é fundamental para preservar a caatinga, principalmente porque Karawa tã está situada em uma área de crescente expansão imobiliária”, afirma Felipe Lucas, gerente executivo do Instituto.
Segundo a professora Kênia Correia, do Departamento de Botânica da UFPE, serão desenvolvidos, além de dissertações de mestrado e teses de doutorado, programas de educação ambiental a partir dessa parceria. Através de estudos, pode-se ampliar o conhecimento sobre as espécies presentes na reserva e conscientizar a população ecologicamente. “A expectativa é que realizemos, ainda, aulas práticas com os alunos da graduação em Ciências Ambientais”, acrescentou.
A RPPN de Karawa tã também vai acolher 12 alunos do Projovem Adolescente de Gravatá, em uma sociedade da reserva com a prefeitura do município. Os jovens selecionados vão trabalhar como condutores na mata, após um curso de treinamento.
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