Físicos do laboratório estadunidense Fermilab encontraram evidência do que poderia ser uma nova partícula elementar, ou talvez um novo tipo de força desconhecida da natureza. Os dados coletados pelas colisões de prótons e antiprótons no acelerador de partículas Tevatron foram estranhos e inesperados, e os cientistas estão agora vibrando com os novos resultados. Se a descoberta confirmar-se, poderiam marcar uma grande última meta deste acelerador, que será fechado definitivamente em setembro.
- "Ninguém sabe o que é isto. Se for real, seria a maior descoberta da física em meio século", disse o pesquisador do Fermilab Christopher Hill.
Foram analisadas 10.000 colisões de prótons e antiprótons dentro do acelerador e descobriram que em 250 casos os números não correspondiam com o que se supõe que deveria ter acontecido segundo as teorias de partículas elementares e as forças que as governam. Os elétrons e partículas chamadas bóson W que são expulsos em uma colisão de prótons não se comportaram como deviam.
Os cientistas agora têm duas teorias para este estranho comportamento. Uma, é que seja a evidência da existência de uma nova partícula. No entanto, este não seria ainda o buscado bóson de Higgs, que segundo a teoria permite que os elementos tenham massa. A partícula descoberta não se comportou neste caso da forma em que teoricamente deveria se comportar um bóson de Higgs.
Outra explicação é que seja uma nova força da natureza -que viria a se somar à gravidade, eletromagnetismo e as forças nucleares dos átomos- mas que só se manifestaria em distâncias muito curtas, como as que existem nos núcleos atômicos.
Qualquer das duas explicações significaria uma sacudida na física tradicional das últimas décadas. Também é possível que não seja nenhuma das duas coisas. Seja como for, os experimentos continuarão para tratar de confirmar que esta irregularidade não é produto de um erro ou um desvio estatístico, além de fazer as tentativas de descobrir de que se trata realmente.
